Testes de alergia à proteína do leite poderão ser realizados na rede pública de saúde

Proposta aprovada na Alerj prevê agilizar o diagnóstico, ajudando a reverter sintomas que prejudicam o desenvolvimento infantil

Testes de alergia à proteína do leite poderão ser realizados na rede pública de saúde

Unidades públicas de saúde do Estado do Rio de Janeiro poderão realizar testes de provocação oral para diagnóstico de alergias à proteína do leite de vaca (APLV) em crianças de até dois anos de idade. Isso é o que prevê um projeto de lei, de autoria do deputado Rosenverg Reis (MDB), aprovado na Alerj, nesta quinta-feira (3/08). Agora, a proposta segue para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias para sancionar ou vetar o texto.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, é especialmente durante o primeiro ano de vida que a APLV se manifesta com mais frequência e seu diagnóstico é difícil, já que não há um teste único que a defina com exatidão. O teste de provocação oral é considerado padrão ouro para essa finalidade, já que a pessoa ingere o alimento em doses crescentes para verificar a ocorrência ou não de reações, registrar a natureza dos sintomas e a quantidade necessária para deflagrá-los.

"Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico da alergia, mais cedo o consumo do leite de vaca poderá ser suspenso e menores serão os transtornos para a mãe e a criança, que sofre com reações desagradáveis que podem, até mesmo, prejudicar o seu crescimento. Permitir que a população tenha acesso ao teste oral na rede estadual é estratégico para reverter uma questão importante para a saúde pública na primeira infância", ressaltou Rosenverg Reis.

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a reação adversa a alimentos mais comum na infância. Os sintomas incluem vômitos, diarreia e má absorção, podendo ocasionar retardo do crescimento. Manifestações dermatológicas e respiratórias também são frequentes e podem ocorrer ainda irritabilidade, cólica e recusa alimentar.

Por Jornal da República em 03/08/2023
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