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Em editoriais contundentes publicados neste domingo (29) e segunda-feira (30), o prestigiado jornal The New York Times e a revista The New Yorker declararam formalmente seu apoio à candidata democrata Kamala Harris à presidência dos Estados Unidos. Ambos os veículos, que possuem grande influência no cenário político americano, destacaram a importância de sua candidatura como única alternativa viável frente a Donald Trump, em meio a uma eleição polarizada.
O editorial do New York Times, intitulado "A única escolha patriótica para presidente", inicia com uma forte crítica a Trump, descrevendo-o como "o candidato que menos merece ser presidente dos Estados Unidos". O texto é incisivo ao afirmar que Trump, além de ser "moralmente inapto", não possui as qualidades essenciais para liderar a nação, como "sabedoria, honestidade, empatia e disciplina". O editorial ainda menciona as diversas acusações criminais que o ex-presidente enfrenta, sua idade avançada e o desinteresse político, apresentando Kamala Harris como a única opção com as credenciais adequadas para ocupar a Casa Branca.
"Como uma dedicada servidora pública que demonstrou cuidado, competência e um compromisso inabalável com a Constituição, a Sra. Harris está sozinha nesta corrida", afirma o Times. No entanto, o jornal não deixa de criticar Harris, observando que ela precisa esclarecer melhor suas propostas de governo, em vez de focar apenas no risco que Trump representa à democracia americana.
Já a New Yorker também enalteceu Kamala Harris, destacando seu papel como a líder capaz de "encerrar de uma vez por todas a era venenosa de Donald Trump". O editorial compara o momento atual dos Estados Unidos com o auge do fascismo na década de 1940, argumentando que o país enfrenta uma nova crise interna, mas que, desta vez, a ameaça "vem da costa da Flórida", em referência a Trump.
Para a revista, Trump amplificou as correntes mais destrutivas da política americana, como "nativismo, racismo, misoginia e isolacionismo amoral", além de ser descrito como um líder que mostrou "narcisismo e crueldade casual". Em contraste, Harris é vista como uma candidata que pode trazer "mais sanidade e humanidade" para o governo, recuperando políticas bem-sucedidas da administração de Joe Biden, mas com um toque próprio de equilíbrio e inteligência.
A New Yorker ainda menciona o desempenho problemático de Joe Biden no debate presidencial de 27 de junho deste ano, que impulsionou pressões para que ele desistisse da reeleição, abrindo caminho para Kamala. A revista reforça que Harris tem mostrado firmeza e habilidade ao lidar com o cenário político, elogiando sua postura em enfrentar um adversário tão divisivo quanto Trump.
Essa declaração de apoio de dois dos veículos de mídia mais respeitados dos Estados Unidos pode ter grande impacto na campanha de Harris, reforçando sua posição como a principal adversária de Donald Trump na corrida à presidência. Contudo, a candidata ainda enfrenta o desafio de conquistar eleitores insatisfeitos com o atual cenário político, que esperam soluções concretas para problemas como imigração, educação e violência armada.
Fonte: G1
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