Tragédia em Nova Iguaçu: Estudante do Exército é atingida por ultraleve e família autoriza doação de órgãos

Tragédia em Nova Iguaçu: Estudante do Exército é atingida por ultraleve e família autoriza doação de órgãos

   No último sábado (9), uma tragédia chocou a comunidade de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, quando uma estudante da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), Caroline Kethlin de Almeida Ribeiro, de apenas 22 anos, perdeu a vida de forma trágica durante sua prática esportiva no Aeroclube local. A jovem estava visitando sua família na cidade durante o feriado da Independência.

De acordo com informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o incidente ocorreu quando Caroline estava correndo na pista do aeroclube, e uma aeronave ultraleve, que não era certificada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para oferecer cursos de formação de pilotos, perdeu o controle e a atingiu. A estudante foi levada em estado grave para o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), onde, infelizmente, foi constatada a morte cerebral no domingo (10).
A tragédia ganhou contornos de solidariedade quando a família de Caroline autorizou a doação de seus órgãos, com a expectativa de que seu coração, pulmões, rins, fígado e córneas possam salvar outras vidas. Um ato nobre em meio à dor de uma perda tão repentina.
A investigação do acidente está a cargo da 58ª Delegacia de Polícia (Posse), que inicialmente registrou o caso como lesão corporal, mas posteriormente alterou a classificação para homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O delegado José Mário Salomão de Omena, titular da 58ª DP, destacou a importância da perícia para esclarecer as circunstâncias do acidente. A polícia utilizará um drone para auxiliar na investigação, examinando a aeronave e colhendo depoimentos de testemunhas para entender como o ultraleve atingiu Caroline.
A comunidade está abalada com essa tragédia, e as autoridades locais buscam respostas para entender o que motivou o acidente e garantir que medidas adequadas sejam tomadas para evitar incidentes semelhantes no futuro. Nossos pensamentos estão com a família de Caroline neste momento difícil, enquanto sua generosidade na doação de órgãos oferece uma luz de esperança para outros que podem ser beneficiados por esse gesto nobre.

Tragédia anunciada em Nova Iguaçu!
Segundo o Pres. da ADESBF ( Associação de Desenvolvimento Econômico e Social da Baixada Fluminense ) Dr Sérgio Almeida tal tragédia já era prevista, uma vez que a própria Associação Civil já havia entrado com pedido de liminar para que a União Federal proprietária da área, instalasse placas de sinalização visando impedir justamente o acesso no local, onde circulam simultaneamente aeronaves, motos, veículos; pessoas e até mesmo animais de grande porte.
Apesar da ação civil pública movida pela Associação de Desenvolvimento Econômico e Social da Baixada Fluminense em face da União Federal visando a retomada do Aeroporto de Nova Iguaçu, o juiz federal da 1° vara federal de Nova Iguaçu entendeu que a União Federal não estaria obrigada a instalar placas de sinalização no local, assim como o fechamento da área, impedindo a invasão e acesso de pessoas e aeronaves.
Infelizmente se o requerimento da Associação de Desenvolvimento Econômico e Social da Baixada Fluminense feito em junho desse ano tivesse sido concedido, não teríamos essa tragédia, uma vez que a jovem não teria acessado o local.
Se a União Federal tivesse operando o Aeroporto de Nova Iguaçu, com certeza também teríamos protocolos de segurança , assim como grandes empresas e investimentos capazes de tornar a área operacionalmente segura para todos os usuários.

 

Por Jéssica Porto

Por Jornal da República em 11/09/2023
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