Tragédia no Metrô pode ser evitada - Coalizão Rio promove discussão sobre Estação Gávea do Metrô

Coalisão une Chefe da Casa Civil Nicola Miccione, a PUC-Rio – Vice-reitor de Desenvolvimento, Prof. Sérgio Bruni, e a Diretor do Instituto Gênesis, Prof. João Gabriel Hargreaves Ribeiro

Tragédia no Metrô pode ser evitada - Coalizão Rio promove  discussão sobre Estação Gávea do Metrô

O Instituto Coalizão Rio, representado por seu presidente Luís Leão e seu diretor George Neder, promoveu reunião com o Estado do RJ, Secretário Chefe da Casa Civil Nicola Miccione, a PUC-Rio – Vice-reitor de Desenvolvimento, Prof. Sérgio Bruni, e o Diretor do Instituto Gênesis, Prof. João Gabriel Hargreaves Ribeiro, para tratar da grave questão da Estação Gávea do Metrô, que tantos problemas tem causado aos moradores da região.

A dramática questão dos tirantes provisórios já fora da validade, em que a norma prevê 2 anos e em fevereiro completaram-se 7 anos, foi debatida amplamente, encaminhando-se a solução para a cooperação da Universidade com o Estado para apresentar ao Judiciário, onde correm os processos envolvendo irregularidades da construção, uma análise técnico-financeira para embasar o pedido de autorização para o término, pelo menos da obra bruta, que afastará os riscos hoje existentes.

Segundo o engenheiro George Neder, Diretor do Instituto Coalizão Rio, “ no Rio de Janeiro, a Linha 4 do Metrô, tem um longo e ruim histórico. Em 1998, é assinado o contrato nº L4/98, de concessão precedida de obra pública, para a implementação da Linha 4.

Em 2010, sem fundamentação técnica e nem estudo de viabilidade econômico-financeira, no 1º Termo Aditivo altera-se o traçado original, suprimindo-se a obra de integração da Linha 4 com a Linha 1.

Até 2015, outros 6 aditivos dos contratos 1.028/97 e L4/98 foram assinados, com objetivos como acréscimo de objeto estranho sem licitação, alteração da metodologia de escavação (sem estudo de viabilidade técnico econômica), acréscimo de valor, prorrogação do prazo contratual, alteração qualitativa e quantitativa às obras de integração e novo acréscimo de valores.

Em 2015, o Tribunal de Contas do Estado instaura o primeiro processo, nº 108.762-2/2015 por despesas sem respectivo empenho, ao qual se somaram outros seis processos até dezembro de 2018, além de outras 4 ações civis públicas, com destaque para o processo nº 0102232-92.2017.8.19.0001, que pede reparação ao erário de R$ 3.170 bilhões por superfaturamento e sobrepreço na execução do contrato L4/98.

Assim, em 2015, a obra da estação Gávea foi interrompida, com 42% da sua execução. É uma obra com 2 poços com 35m de profundidade, altura de um prédio de 12 andares, por 9m de diâmetro cada, sem a parte estrutural acabada, contando com tirantes provisórios que, pela norma, têm vida útil máxima de 2 anos(ABNT NBR 5629: 2018),tempo muito inferior ao que já se passou, e a solução para a contenção provisória foi a sua inundação com 36 milhões de litros d’água para auxiliar na sua estabilização.

O relatório do Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente da PUC-Rio, submetido ao Governo do Estado em setembro de 2019, alerta que “não existem dados que permitam quantificar a probabilidade de um fenômeno de subsidência” (afundamento do solo), mas que não é baixa e as consequências poderão “incluir a ruína de edifícios lindeiros e a perda de vidas humanas, não contabilizáveis”.

Em fevereiro deste ano 2022, a obra da Estação Gávea completa 7 anos paralisada! “

Alguma coisa precisa ser feita, com urgência, dizem os especialistas. A Estação Gávea do Metrô, localizada dentro do Campus Gávea da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), constitui uma Estação chave que, além de propiciar a ligação entre as Linhas 1 e 4 na Zona Sul da cidade, propicia o desenvolvimento fundamental da primeira Linha Circular do Metrô do Rio de Janeiro, ligando a Zona Sul à Zona Norte, passando sob o Maciço da Tijuca (Linha 1), e uma nova ligação, mais interna na Zona Sul, entre a Barra e a região do Centro da cidade (Linha 4).

Por Jornal da República em 11/03/2022
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