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Em uma série de entrevistas recentes, John Kelly, ex-chefe de gabinete do governo de Donald Trump, fez duras críticas ao ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca nas eleições de 2024. Em uma delas, concedida ao jornal The New York Times, Kelly afirmou que Trump sugeriu em várias ocasiões que o líder nazista Adolf Hitler “fez algumas coisas boas”, gerando controvérsias e reações negativas.
Kelly relatou que Trump, durante seu mandato, comentou mais de uma vez sobre Hitler de forma que tentava relativizar os horrores do nazismo. "Ele comentou mais de uma vez: 'Sabe, Hitler também fez algumas coisas boas'", disse Kelly, acrescentando que sempre tentava encerrar a discussão rebatendo: “Nada que Hitler fez, e que você poderia argumentar, foi bom”. Mesmo assim, Trump ocasionalmente retornava ao assunto.
Além dessas polêmicas declarações, Kelly também acusou Trump de ter uma visão ditatorial do poder. "Ele certamente prefere a abordagem ditatorial ao governo", afirmou, ressaltando que o ex-presidente frequentemente se irritava com qualquer tentativa de limitar sua autoridade. "Ele adoraria ser como era nos negócios, dizendo às pessoas o que fazer, sem se preocupar se era legal ou não".
Em outra entrevista, desta vez à revista The Atlantic, Kelly revelou um episódio em que Trump expressou o desejo de ter "generais alemães". Quando Kelly questionou se ele se referia aos generais de Hitler, Trump teria respondido afirmativamente, gerando preocupações sobre o que muitos consideram uma admiração por regimes autoritários.
A campanha de Donald Trump rapidamente negou as declarações de Kelly. Steven Cheung, porta-voz da campanha, afirmou que Kelly "se iludiu com essas histórias desmascaradas que ele inventou".
No cenário eleitoral, as críticas de Kelly têm sido utilizadas pelos adversários de Trump. Na noite desta terça-feira (22), Tim Walz, candidato a vice-presidente na chapa de Kamala Harris, usou as entrevistas para atacar o ex-presidente durante um comício em Wisconsin. "Pessoal, as grades de proteção se foram. Trump está se afundando na loucura. Um ex-presidente dos Estados Unidos diz que quer generais como Adolf Hitler tinha", disparou Walz, em um tom alarmante sobre a possibilidade de um retorno de Trump à Casa Branca.
As advertências de Kelly se somam a uma crescente onda de críticas de ex-funcionários de Trump, à medida que a campanha eleitoral se intensifica. Kelly, que trabalhou com Trump de 2017 a 2019, já havia criticado o ex-presidente anteriormente, acusando-o de desrespeitar veteranos mortos em combate, chamando-os de “otários” e “perdedores”. Agora, com essas novas revelações, as tensões sobre a influência de Trump no futuro dos Estados Unidos continuam a crescer, reacendendo o debate sobre os perigos do autoritarismo no cenário político americano.
Fonte: G1
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