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Se alguém ainda tinha dúvidas de que o Brasil tinha virado uma Republiqueta bananeira com o golpe de Estado de 2016 que nos colocou na atual miséria institucional, econômica, internacional e social, agora não paira mais dúvida alguma.
O general da reserva Fernando Azevedo, que foi ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro, irá assumir o cargo de diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até fevereiro do próximo ano. Entre os departamentos que ficarão sob a responsabilidade do militar está a Secretaria de Tecnologia, que atua no desenvolvimento dos softwares utilizados pelo próprio tribunal.
Um dos objetivos da ida do general para a Corte está no fato dos magistrados estarem preocupados com a possibilidade de Jair Bolsonaro não reconhecer uma eventual derrota no pleito presidencial de 2022, além de esvaziar a narrativa de que o TSE estaria conspirando contra a reeleição do atual ocupante do palácio do Planalto.
De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, “a chegada de Azevedo coincide com o início da gestão do ministro Edson Fachin, que vai presidir o TSE daqui a dois meses. O general vai seguir no cargo durante as eleições, quando a Corte será comandada pelo ministro Alexandre de Moraes — o nome foi acertado entre os dois magistrados”. Moraes deverá comandar a Corte a partir de agosto do próximo ano.
Além de Azevedo, Moraes também ter na sua equipe o ex-advogado-geral da União José Levi, que se desentendeu com Bolsonaro devido a uma ação contra o toque de recolher imposto por Estados para enfrentar o avanço da pandemia de Covid-19.
O general também já atuou como assessor especial do do Supremo Tribunal Federal (STF) e tentou acalmar as relações entre o Judiciário e as Forças Armadas em meio ao crescimento do bolsonarismo e do avanço da extrema direita, em 2018.
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