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Por Ralph Lichotti/Redação
Com ritmo acelerado para chegarmos há 450 mil mortos ainda está semana, Bolsonaro diz que teria sido 'irresponsabilidade' compra antecipada de vacinas, em defesa de Pazuello e as trágicas políticas do ex-ministro da Saúde, quem visitou o ministério da Saúde no último ano, viu de tudo no alto comando da Saúde, de instrutor do Curso de Cavalaria a comandante de infantaria, paraquedista então não faltaram no primeiro escalão, faltou sim, cientistas, médicos, sanitaristas e especialistas, o resultado todos já sabem, cerca de 450 mil mortos e menos de 20 por cento da população vacinada.
Irresponsabilidade sim, sim senhor, foi não comprar vacina e hoje vamos colhendo o que plantamos, mortes.
Mas a semente que plantamos e que o povo tinha que colher, está não estamos comendo, pois apesar do Brasil ser um dos maiores produtores de alimento do mundo está novamente no mapa da fome. Não é atoa que foi cortada toda a verba do IBGE este ano, dados e ciência não faz parte de quem quer ganhar a força ou na facada (faca nos dentes), mas a verdade é nua e crua e todos podem ver nas ruas, sinais, portas de farmácias e mercados das grandes cidades, nas favelas e guetos, e principalmente na zona rural.
Mas não bastasse as mortes por COVID, voltamos a sofrer de morte por fome. A Síntese de indicadores Sociais (SIS), chama atenção que um em cada quatro brasileiros vive com menos de R$ 420 por mês. São 52,5 milhões de brasileiros vivendo na pobreza.
Segundo o Mestre em Bens Culturais e Projetos Sociais pela FGV, Allan Borges “O número de pessoas que atualmente vivem abaixo da linha da pobreza triplicou, perfazendo a infeliz marca de 27 milhões de sujeitos; isto é, constitui 12,8% da população da nossa amada pátria mãe gentil”.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informa que a pobreza, por sua vez, é caracterizada por aqueles que vivem com menos de R$ 436,00 mensais, ou seja menos que o valor do almoço do presidente Jair Bolsonaro, aliás até agora o Governo não explicou o gasto de R$ 2,4 milhões com as férias de Bolsonaro. Certamente porque a fome passa longe dos militares e do governo que gastaram R$ 1,8 bilhão em compras, o “carrinho” do governo federal tem de sagu a chicletes, e quem não lembra do gasto de R$ 15,6 milhões em leite condensado.
Resumindo, já passou da hora dos militares voltarem pro quartel e cumprirem seu dever constitucional, ou seja, deixe a saúde e o SUS para os sanitaristas e médicos, e os cavalos pra cavalaria. E Guedes antes de falar do Chinês, deve abaixar a orelha e olhar quem é o maior parceiro comercial do Brasil hoje e quem forneceu 95% das vacinas do Brasil, pra não chegarmos a 1 milhão de mortos pela incompetência.
Que venha a CPI DA COVID-19 e puna os culpados por não comprar as vacinas.
Ralph Lichotti - advogado, jornalista e diretor da Tribuna da Imprensa Digital.
