União Brasil: Bivar confirma que projeto de Moro é restrito a São Paulo

União Brasil: Bivar confirma que projeto de Moro é restrito a São Paulo

Além de Eduardo Bolsonaro, que é do Rio de Janeiro, onde nunca fez nada pelo Estado ou pela cidade, São Paulo vai receber outro embusteiro político que vai tentar se promover em cima do conservadorismo do principal estado da federação onde o PSDB, hoje erodido, governou por três décadas. Sergio Moro, o juiz considerado suspeito e parcial pela corte Suprema do país, o Supremo Tribunal Federal (STF), vai se candidatar a algum cargo pela Terra da Garoa, que vai descer mais alguns degraus na escala de qualidade política de seus representantes.

Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil, emitiu nota neste sábado (2/4), na qual reitera que a atuação de Sergio Moro no partido será restrita ao estado de São Paulo e põe uma pá de cal nas suas pretensões de se candidatar à Presidência da República. Isso um dia após o ex-juiz destacar, em discurso, que “não desistiu de nada”, além de descartar uma candidatura a deputado federal.

Também assinam o comunicado o secretário geral da sigla, ACM Neto, e o primeiro vice-presidente Antônio Eduardo de Rueda. Os dirigentes definem Moro como “um homem íntegro, capaz de enriquecer, junto às demais lideranças partidárias, a discussão sobre o futuro que almejamos para o país”, mas cujo projeto “político-partidário” é em São Paulo.

O grupo de ACM Neto afirmou, na noite dessa sexta (1°/4), após o discurso do ex-ministro da Justiça, que pediria a impugnação da filiação de Moro do partido.

No entanto, com a concordância de Bivar de limitar o projeto político de Moro ao estado de São Paulo, a ala do União Brasil descontente com o ex-ministro decidiu não levar adiante a ideia de pedir a impugnação de sua filiação.

Na quinta-feira (31/3), Moro divulgou a filiação ao União Brasil e afirmou que abriria mão, “neste momento”, da pré-candidatura à Presidência da República. Porém, no dia seguinte o ex-juiz federal disse que ambiciona “um Brasil melhor”, analisou que se filiou ao União Brasil “com a intenção de auxiliar a unificação do centro democrático”, garantiu que não havia “desistido de nada”.

Moro criticou os governos de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e explicou que, “para livrar o país destes extremos”, colocou seu nome pelo país. Ao mesmo tempo, garantiu não ter ambição por cargo. Foi categórico em apenas um ponto: disse que não disputará a Câmara dos Deputados, como integrantes do União Brasil desejam.

Logo depois, a ala do partido capitaneada por ACM Neto ressaltou que não ratifica uma candidatura de Moro que não seja a deputado estadual, federal ou senador por São Paulo. E ameaçou expulsá-lo do partido. Resta saber, agora, qual será o futuro político do ex-juiz da Lava Jato.

Por Jornal da República em 02/04/2022
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