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Universidade Estadual de Londrina (UEL) decidiu cancelar o processo seletivo que reservava a totalidade das vagas em determinados cursos de residência para alunos cotistas. A anulação aconteceu nos editais dos cursos de:
A decisão foi tomada porque os documentos anteriores reservavam todas as vagas nas residências para pessoas com deficiência (PcDs), indígenas e negros.
As especialidades afetadas foram:
Alunos não contemplados denunciaram a questão. No comunicado oficial que cancelou o processo, a universidade garantiu aos candidatos já inscritos o direito de participar da próxima fase de seleção para as mesmas áreas, sem precisar fazer um novo pagamento.
Candidata, que prefere não se identificar, também afirmou que a reserva integral das vagas foi realizada após as pessoas já terem se inscrito:
“Isso gera uma situação “bizarra”: há aplicantes que irão se candidatar e não há vagas para eles, a não ser que alguém desista”.
Conselho Federal de Medicina teme preconceito
Na última quarta-feira, 30 de outubro, o Conselho Federal de Medicina publicou uma declaração contra o uso de cotas nas Residências Médicas.
A entidade revelou que a iniciativa foi lançada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebsarh).
O grupo é responsável pelo Exame Nacional de Residências (Enare) e reserva 30% das vagas para negros, indígenas, quilombolas e portadores de necessidades especiais.
A organização não é contra ações afirmativas, mas argumenta que a necessidade delas foi cessada com o acesso à universidade:
“O CFM defende que esse mecanismo vai causar uma discriminação reversa, já que as eventuais desigualdades foram equalizadas a partir da entrada dos grupos menos favorecidos nas faculdades de medicina, além de que a seleção para residência médica não se assemelha a cursos para provimento de cargos públicos”.
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