“Vacina é a esperança. Não façam escolha pela vacina X ou Y”, diz Castro

Segundo o governador, antecipação de segunda dose tem objetivo de conter avanço de variante da Covid

“Vacina é a esperança. Não façam escolha pela vacina X ou Y”, diz Castro

DA REDAÇÃO - Foi com um apelo direto que o governador Cláudio Castro, do Estado do Rio de Janeiro, demonstrou sintonia com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e exortou a população sobre a necessidade de não embarcar na onda dos sommeliers de vacina.

- Vacina é a esperança. Não façam escolha pela vacina X ou Y. Tomem também a segunda dose. A retomada depende disso. Você, que tomou a dose 1, volte para a dose 2 dentro do tempo determinado por cada imunizante e pela prefeitura, pediu o governador.

Nesta terça-feira (13/07), o Governo do Estado decidiu autorizar todos os municípios fluminenses a anteciparem de 12 para oito semanas a aplicação da segunda dose da vacina Astrazeneca contra Covid-19 foi tomada em conjunto com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems). Segundo Castro, foram levados em consideração aspectos como a quantidade de doses que as cidades já têm em estoque para completar o esquema vacinal da população e a entrada de novas variantes da Covid-19 no estado.

- Essa não é uma decisão monocrática do Estado e sim, pactuada com o Conselho de Secretarias Municipais. Há uma preocupação com armazenamento pelos municípios para não haver perda de doses. Não há nenhum prejuízo nessa antecipação. Nosso objetivo é que tenhamos pessoas imunizadas mais rápido para evitar a infecção pela Covid-19 entre as duas doses. Por causa das novas variantes, a decisão foi bem pensada e debatida – afirmou o governador Cláudio Castro.

A medida - que visa acelerar ainda mais o esquema vacinal e está prevista na bula da vacina - será publicada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), nesta terça-feira (13). A deliberação reduz o intervalo de aplicação entre as doses da vacina Astrazeneca, e tem o apoio de um grupo de especialistas que assessoram a secretaria. Os médicos infectologistas Roberto Medronho, Alberto Chebabo e Celso Ramos, além do virologista Amilcar Tanuri e do epidemiologista Danilo Klein, estão entre os pesquisadores que apoiam a ação.

- Não há perda de eficácia quando a aplicação for dentro do período entre 8 e 12 semanas. Nossa preocupação é que as doses estão paradas nos municípios e poderiam ser perdidas. E, além disso, dentro de um cenário, temos a entrada da variante Delta. Os estudos no Reino Unido apontam que, somente com a aplicação da segunda dose, é possível bloquear a possibilidade de transmissão das variantes. Temos a expectativa de que, com a redução do intervalo entre as doses, caia também o número de pessoas que não está voltando para a segunda aplicação. Todas as decisões estão sendo pactuadas com o Conselho de Secretarias Municipais, assim como foi feito no calendário unificado – ressaltou o secretário de estado de Saúde, Alexandre Chieppe. Para Chieppe, os municípios têm autonomia para já agendar a aplicação da segunda dose.

Importância da segunda dose
O Governo do Estado reforça a importância de que as pessoas voltem aos locais de vacinação para a aplicação da segunda dose. Somente com o esquema vacinal completo, a população estará efetivamente imunizada. Cláudio Castro ressaltou que, quanto mais pessoas estiverem imunizadas, a tendência é que tenhamos menos mortes e menor ocorrência de casos graves da doença. Além disso, é a vacinação em massa que vai permitir o retorno de todas as atividades no estado.

Por incrível que pareça, ainda hoje é necessário explicar o óbvio.

Por Jornal da República em 13/07/2021
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