"Vamos ficar quietos assistindo tudo isso?", questiona ex-presidente da Febraban

Ex-presidente do Santander e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) Fábio Barbosa afirmou que o manifesto assinado por empresários e integrantes da elite financeira em apoio ao sistema eleitoral e contra a escalada golpista de Jair Bolsonaro representa uma mudança na postura dos empresários

Ex-presidente do Santander e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) Fábio Barbosa afirmou ao jornal Estado de S.Paulo que o manifesto assinado por empresários e integrantes da elite financeira em apoio ao sistema eleitoral e contra as manobras golpistas de Jair Bolsonaro representa uma mudança na postura dos empresários.

“Muitos setores têm se manifestado. A gente entendeu que esse mundo empresarial não havia se manifestado. Nosso ponto de vista é que o sistema é confiável e não há razão para duvidar da legitimidade das eleições que aconteceram. Vamos ficar quietos assistindo a isso aqui ou vamos participar e colocar nosso ponto de vista?”, afirmou Barbosa ao jornal paulista.

Ao Estado, o banqueiro disse que o movimento em torno do manifesto, que até agora reuniu 6 mil assinaturas, começou com um grupo de 30 pessoas ligadas ao Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP) e cresceu em 24 horas.

“[O manifesto] tem um impacto por ser uma manifestação de empresários que normalmente não se manifestam e evitam entrar em discussões políticas”, avaliou.

O manifesto
O documento pede respeito às eleições de 2022 e a garantia de realização do pleito, em resposta às ameaças golpistas de Jair Bolsonaro. O texto cita a crise sanitária, social e econômica, as mortes pela Covid-19 e o desemprego.

Entre os signatários estão nomes de peso do mundo empresarial e financeiro, como Frederico e Luiza Trajano, do Magazine Luiza, Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, do Banco Itaú Unibanco, Carlos Jereissati, do Iguatemi, Pedro Passos e Guilherme Leal, da Natura, e Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde.

Também assinam economistas como Armínio Fraga, Pedro Malan, Ilan Goldfajn, Persio Arida, André Lara Resende, Alexandre Schwartsman e Maria Cristina Pinotti.

Leia na íntegra
“O Brasil enfrenta uma crise sanitária, social e econômica de grandes proporções. Milhares de brasileiros perderam suas vidas para a pandemia e milhões perderam seus empregos.

Apesar do momento difícil, acreditamos no Brasil. Nossos mais de 200 milhões de habitantes têm sonhos, aspirações e capacidades para transformar nossa sociedade e construir um futuro mais próspero e justo.

Esse futuro só será possível com base na estabilidade democrática. O princípio chave de uma democracia saudável é a realização de eleições e a aceitação de seus resultados por todos os envolvidos. A Justiça Eleitoral brasileira é uma das mais modernas e respeitadas do mundo. Confiamos nela e no atual sistema de votação eletrônico. A sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias.

O Brasil terá eleições e seus resultados serão respeitados.”
(Do Brasil247)

Por Jornal da República em 05/08/2021
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