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Via Tempo Real
O programa das Embaixadas Cariocas já soma mais de R$ 50 milhões em recursos empenhados pela Prefeitura do Rio, junto aos institutos Costa Silva e Humanitas, levando em conta os anos de 2024 e 2025. O levantamento é do gabinete do vereador Pedro Duarte (Novo), que apontou suspeitas na seleção das Organizações Sociais (OSs).
As Embaixadas Cariocas têm como objetivo a “formação de lideranças comunitárias na construção de políticas públicas, com orientação profissional a núcleos de apoio terapêutico, e a promoção de ações e iniciativas voltadas ao empreendedorismo social”. O projeto custaria R$ 52,6 milhões em 12 meses e teve R$ 37,5 milhões pagos até 2024, segundo Duarte, que aponta falta de transparência nos gastos.
“Para além dos valores do projeto e o suposto intuito político descrito em seu plano de trabalho, a seleção também ocorreu de maneira estranha, uma vez que apenas o Instituto Crescer Com Meta concorreu com as outras duas OS’s pelos dois lotes e mesmo assim não venceu um lote sequer. Por que os outros institutos não participaram dos outros lotes, como o Instituto Crescer Com Meta fez?”, sublinha o parlamentar.
O levantamento aponta que em agosto de 2024, três meses após a assinatura do contrato, nenhum movimento foi identificado sobre o projeto, nem mesmo no Diário Oficial. Segundo Pedro Duarte, não havia informações referentes a prestação de contas na plataforma OSinfo; tampouco divulgação do projeto no site da Secretaria Integração Metropolitana (Seim) e no perfil do Instagram.
“Ao entrar em contato com a Seim, nos foi informado que todas a informações referentes à inscrição e participação no projeto seria através do contato direto com os institutos Humanitas e Costa e Silva. O site do Costa e Silva não mencionava o projeto e do Humanitas mencionava brevemente mas não apresentava informações sobre como se inscrever. Em conversa com o Instituto Humanitas, nos foi informado para entrarmos em contato com a instituição no dia 25/08, sem mais respostas específicas sobre”, acrescentou o vereador.
Descoberta de pessoas-chave
O gabinete do parlamentar afirma ter descoberto que o presidente do Instituto Humanitas, Victor Hugo Alves da Silva, é também advogado do Instituto Fair Play, outra importante OS com diversos contratos com a prefeitura, assim como dono da Alisa Serviços Técnicos Empresarial, empresa que teria uma nota de serviço prestado, no valor de R$ 5 mil, ao Instituto Fair Play, referente à gestão do Piscinão de Deodoro.
Além disso, buscando mais informações sobre o Instituto Costa e Silva, a equipe do vereador afirma que o telefone da entidade também constava para a empresa LCA Assessoria e Eventos LTDA, fundada em junho de 2024 e que possui Leonardo Costa de Almeida como dono. Este, por sua vez, seria o nome do presidente do Instituto Crescer com Meta, que participou e perdeu as licitações das Embaixadas Cariocas.
“Tal situação nos acendeu um alerta maior, pois a presidente do Instituto Costa e Silva, Gabriella dos Santos de Almeida é sobrinha de Leonardo Costa de Almeida. Tanto o Instituto Costa e Silva quanto o Instituto Crescer com Meta foram beneficiados por patrocínios do programa Integra.Rio II, mas também possuem ligações diretas com empresas que também foram beneficiadas pelo programa”, acrescentou Duarte.
Chamamento público, renovação e despesas relacionadas ao programa – Fotos: Reprodução
Por FÁBIO MARTINS e VÍTOR D’AVILA - TEMPO REAL
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