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Amigos leitores, o artigo da semana seria sobre a disparada do dólar e o recuo do presidente Lula, no seu tiroteio contra o presidente do Banco central, mas a vitória retumbante do Partido trabalhista Ingles mexeu com meu ânimo e meu coração.
Apos a vitória da ultra direita na França, nada mais alentador que a avassaladora vitória da centro esquerda no Reino Unido. Portanto será esse o tema central do artigo, me permitindo ao final colocar algumas informações sobre a polêmica Lula versus Campos Neto.
As recentes eleições no Reino Unido, deram ao Partido Trabalhista uma vitória retumbante. Os trabalhistas retornaram ao poder após 14 anos de domínio conservador. Liderado por Keir Starmer, o partido de centro-esquerda assegurou 412 assentos no Parlamento britânico, os conservadores obtiveram apenas 120. Para vencer as eleições, eram necessários conquistar 326 assentos dos 650 disponíveis no Parlamento do Reino Unido. Com essa vitória, Keir Starmer será nomeado o novo primeiro-ministro do Reino Unido. Durante seu discurso, ele enfatizou a “grande responsabilidade” do mandato e prometeu trabalhar imediatamente para melhorar o país. A mídia britânica está chamando esse resultado de uma “lavada” dos Trabalhistas, enquanto o Partido Conservador sofreu uma derrota histórica.
O Reino Unido é um ator importante na política global. Com o Partido Trabalhista no poder, podemos esperar mudanças em questões como alterações climáticas, migração e conflitos internacionais. Certamente esta vitória reverberá além das fronteiras britânicas, sinalizando mudanças significativas na política mundial, pois a Inglaterra historicamente tem sido um sinalizador de tendências, lá começou a revolução industrial e nos anos 1960 de lá surgiram os Beatles marcando uma nova era na música. Argora, com a vitória trabalhista, o país aponta para novos rumos, sinalizando para o renascimento da social-democracia.
Outro fator importante para a vitória trabalhista, foi a maneira como o partido tratou o Brexit (forma de saída da união europeia). O Partido adotou uma postura bem mais conciliatória com a Uniao Europeia, prometendo buscar um acordo de saída mais suave e manter laços estreitos com a Europa. Isso atraiu eleitores que estavam preocupados com os impactos econômicos e sociais da saída abrupta da UE.
Muitos eleitores viram a condução do Brexit pelo Partido Conservador como caótica e divisiva. A incerteza prolongada e as disputas internas prejudicaram a imagem dos Conservadores. O Partido Trabalhista capitalizou essa insatisfação, prometendo uma abordagem mais pragmática e colaborativa.
O novo governo provavelmente buscará uma relação mais próxima com a UE, reavaliando acordos comerciais e questões de migração, o que não significa o retorno imediato da Inglaterra a União Europeia, mas certamente reabre essa discussao. O processo de reentrada na UE, é complexo e requer negociações formais com os demais países membros.
Enfim, a vitória trabalhista no Reino Unido é mais do que uma mudança de governo; é um sinal para o mundo. O contexto político global está em constante evolução, e os próximos eventos, incluindo as próximas eleições nos EUA, moldarão o cenário internacional.
Anexos: Informações para reflexão sobre a contenda Lula × Campos Neto
- Lei complementa 179/2021
Artigo 5° O Presidente e os Diretores do Banco Central do Brasil serão exonerados pelo Presidente da República:
IV- quando apresentarem comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil.
§ 1º Na hipótese de que trata o inciso IV do caput deste artigo, compete ao Conselho Monetário Nacional submeter ao Presidente da República a proposta de exoneração, cujo aperfeiçoamento ficará condicionado à prévia aprovação, por maioria absoluta, do Senado Federal.
Durante a gestão de Roberto Campos Neto no Banco Central do Brasil, houve momentos em que as metas não foram totalmente cumpridas. Por exemplo, em 2022, a inflação ficou acima do centro da meta, o que se repetiu pelo segundo ano consecutivo.
- Curriculo de Roberto Campos Neto:
Formação Acadêmica: Graduou-se em Economia pela Universidade da Califórnia (UCLA) em 1993 e concluiu uma especialização (não é mestrado) em Finanças na mesma universidade em 1995.
Experiência Profissional: Trabalhou no mercado financeiro entre 1996 e 2019, incluindo cargos no Banco Bozano Simonsen e no Banco Santander (Head para as Américas) Assumiu a presidência do Banco Central em 2019.
Se não surgir nenhum fato muito relevante que me obrigue a mudar de tema, tratarei disso na próxima semana. Até lá.
Filinto Branco - colunista político.
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