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Mark Zuckerberg, co-fundador e CEO do Facebook, compartilhou um longo texto em seu perfil na rede social com argumentos sobre as acusações que estão sendo feitas contra a empresa, a respeito do incentivo à polarização política e do impacto na saúde mental dos usuários, especialmente jovens e crianças.
O executivo começa comentando sobre a queda do WhatsApp, Facebook, Instagram e Messenger de segunda-feira (4), todos os serviços sob o guarda-chuva do Facebook. Segundo o executivo, foi a pior queda dos últimos anos e que “passaram as últimas 24 horas se perguntando como poderiam reforçar os sistemas.”
“A preocupação mais profunda com uma queda como esta não é a quantidade de pessoas que mudam para serviços competitivos ou quanto dinheiro perdemos, mas o que significa para as pessoas que dependem dos nossos serviços se comunicarem com os entes queridos, gerirem as suas empresas ou apoiarem as suas comunidades”, diz o post.
Mark passa então a abordar as mais recentes acusações contra sua rede social. Frances Haugen, ex- gerente de produto do Facebook, denunciou a empresa em matéria uma publicada por um dos principais jornais dos Estados Unidos, o Wall Street Journal (WSJ), e ainda protagonizou uma entrevista para um dos programas mais populares do país, o “60 Minutos”, que foi ao ar na noite de domingo (3).
No programa, Haugen disse que os documentos mostram que o Facebook sabe que suas plataformas são usadas para espalhar ódio, violência e desinformação, e que a empresa tem tentado esconder essas evidências.
Haugen ainda depôs sobre o tema nesta terça-feira (5) perante o subcomitê de Proteção ao Consumidor, Segurança de Produtos e Segurança de Dados do Senado americano. Ela também divulgou dezenas de milhares de páginas de pesquisa interna e documentos,e disse que a empresa de mídia social poderia “destruí-la” por falar, mas ela acreditava que “enquanto o Facebook estiver operando no escuro, ninguém tem responsabilidade sobre ele.”
Segundo Zuckerberg, a empresa se preocupa “profundamente” com questões como segurança, bem-estar e saúde mental”, e que as pesquisas internas da empresa estão sendo usadas fora de contexto e de forma deturpada. “É difícil ver uma cobertura que deturpa nosso trabalho e nossos motivos. Acho que a maioria de nós simplesmente não reconhece a imagem falsa da empresa que está sendo pintada”.
O texto compartilhado por Zuckerberg no Facebook, segundo ele informa, foi divulgado internamente para todos da empresa.
O executivo ainda diz que é “desanimador” ver esse tipo de acusação e de “falsa narrativa”, e que seus anunciantes priorizam conteúdos positivos. “Ganhamos dinheiro com anúncios, e os anunciantes dizem-nos consistentemente que não querem que os seus anúncios estejam ao lado de conteúdos prejudiciais ou perturbadores”.
Em outro trecho, Zuckerberg argumenta desconhecer empresa de tecnologia que se propõe a construir produtos que deixem as pessoas incomodadas ou depressivas. “Os incentivos morais, empresariais e de produtos apontam para o sentido oposto.”
Zuckerberg afirma, ainda, que ficou particularmente focado nas acusações sobre o impacto de suas redes sociais nas crianças. Ele diz que passou muito tempo refletindo sobre o assunto e que é “muito importante que tudo que construímos seja seguro e bom para as crianças”.
O executivo argumenta que não se pode ignorar que crianças e jovens façam uso da tecnologia, e que as empresas precisam se concentrar em construir experiências que os mantenham seguros. “Um bom exemplo deste trabalho é o Messenger Kids, que é amplamente reconhecido como melhor e mais seguro do outros.”
Ele relata ainda, que projetos como o Instagram para crianças, apesar de pensado para ser usado com controle dos pais, foi pausado para terem “mais tempo de envolver especialistas e garantir que qualquer coisa feita seja útil”.
Zuckerberg termina dizendo que tem orgulho de tudo que a empresa faz e proporciona para a comunidade. “Quando reflito sobre o nosso trabalho, penso no impacto real que temos no mundo, as pessoas que agora podem manter-se em contato com os seus entes queridos, criam oportunidades para se apoiar e encontrar a comunidade. É por isso que bilhões de pessoas adoram nossos produtos. Tenho orgulho de tudo o que fazemos para continuarmos a construir os melhores produtos sociais do mundo”, diz o post. (Da CNNBrasil)
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